quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Jogos perigosos

Minha vida está um caos!

É engraçado pensar que por alguns milésimos de segundos hesitei em não te conhecer e assim
te rejeitar, junto às centenas de pessoas aleatórias que passam por mim todos os dias. A rejeição era algo  automático pra mim, e ainda é, na maioria das vezes em que alguém vem falar comigo.

Você não me chamou atenção por ser atraente ou nada do tipo, mas por algum motivo eu não te rejeitei. Você não tinha nada demais.
Resolvi dar uma chance. Você veio falar comigo logo em seguida e eu respondi. Conversamos, ou melhor "trocamos ideia", como você costuma falar. Papo rendeu e passei meu número de telefone. O papo também rendeu, até certo ponto. Não lembro direito dessa época e sobre o que conversamos, só sei que depois de alguns dias você já falava obscenidades e lançava um jogo perigoso em que eu, pela primeira vez na vida me interesse em jogar.

Jogamos juntos, muito.
E como jogamos...

Com o tempo eu fui me cansando desse jogo, mas você não. Você estava viciado.
Eu peguei bode do jogo e te disse que não estava mais interessada, e você aceitou.
Resolvemos parar de jogar e se acaso voltássemos, seria com outras pessoas.
Você e eu fizemos uma bela dupla, mas você sempre achava um modo de botar tudo a perder. E eu gosto de ganhar, sempre!


Não somos mais jogadores.
Não somos mais parceiros.
Mas por alguma razão, você insiste nesse jogo e agora joga sozinho.